março 24, 2010

Constantes mudanças.

Em estado de constantes mudanças,
me torno cada vez mais inconstante.
Um mistério para eu mesma, como diria Clarice.
Porém, Peter Pan, eu sou.
Meu voo independe de bons pensamentos.
Me desligo, me afasto, saio do chão
mesmo com os pés fixos e corpo presente.
Faço malabarismos com meus sentimentos.
Sigo sem rumo, mudo-o a todo instante,
apago minhas pegadas e assim me liberto.
Em silêncio eu grito.
Em mente discuto minhas contradições,
tenho necessidade de razões, do abstrato, do intenso.
Desconheço-me a cada segundo,
Meu incontrolável estado metamorfósico
impede-me de escrever uma auto-biografia.
Vivo com poucas emoções e próprias teorias.
Minha memória não é mais a mesma,
embora ainda haja nostalgia.
Enjoo da rotina,
assim saio de uma ideologia e entro em outra.

Sinto, vejo, julgo tudo o que vem de mim.

Ouço,falo quando necessário.

E assim vou deixando espaços nas entrelinhas do tempo
espaços meus, tempos meus, solidão, eu diria.

Eu, minha melhor compania.

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