agosto 03, 2011

Eu não sei mais o que tenho feito aqui, o sentido de tudo isso...
Seria eu capaz de desabafar realmente tudo o que me aflinge até o último fio de dor, chorar de alívio sem sentir uma ponta de angústia, um grito indecífravel dentro do meu peito?
Seria alguém capaz de compreender tudo o que eu lhe disser? O meu desespero?
Sinceramente...
Creio que não!
E em tal crença coloco minhas metas em dúvidas, seriam mesmo metas essas minhas?
Quando eu as determinei? Por qual razão? O que eu sinto ao estar alcançando-as? O que eu sentirei quando a completar? O que? O que? EU NÃO SEI! Não sei responder tais perguntas, exceto as quais condizem ao futuro que terão base em expectativas. Paro, penso, mas cadê as respostas? Paira uma neblina em minha mente e outro indício de um sentimento de culpa oculto, de valores inquestionavelmente morais e a inevitável dor de enxergar-se como um ninguém, um molde externo a agir como cordeiro em busca de camuflar tal culpa, não mais tão oculta...
Sim! Tudo faz sentido na teoria, tudo, talvez conhecer alguns mecanismos da mente só traz mais dor, mas seriam eles tão fiéis à realidade? Pelo menos há a certeza que não existe verdade absoluta, o que também coloca em questionamento tal afirmação.

Mas eu continuo sem saber o que estou fazendo aqui!!!

Como dói!
Transborda-se em pontadas, dúvidas e lágrimas.

Em busca da cura, só vejo como solução uma transferência de corpo, alma, mente, vida!
Em momento algum alguém poderá me ajudar com absoluta compreensão do que se passa em mim, uma vez que não há palavras para descrever exatamente tudo, pode até haver, mas ainda não encontrei as que se encaixem perfeitamente sobre o que eu quero dizer, desde minhas camadas mais manipuladas até as mais puramente minhas, o meu eu mais profundo. Por tantas vezes meus acontecimentos internos são indecífraveis até a mim, quem dirá aos outros...

Cada vez dói mais,
pensar, lembrar, agir, tudo!
Necessito da cura imediata, mas não encontro nada além de lágrimas e dor.

Eu preciso compreender minha solidão para aliviar minhas pertubações, ou fazer o caminho inverso, quem sabe?

A única coisa que sei é que não sei o que estou a fazer.

junho 21, 2011

"(...) a minha absoluta falta de habilidade em lidar com as pessoas." CFA

Eu queria ser tão bem resolvida quanto pareço ser, pra aqueles que não me encaram nos olhos, pra aqueles que engano ao afirmar tal fato, construindo um refúgio com minhas palavras, a partir das mesmas, o meu castelo blindado.
Mas eu sei que eu me engano...
Ao pensar no lado positivo(outra forma de fuga, porém menos maléfico, quase um antídoto) descarto a auto-hipocrisia do meu ser.

É... eu nunca soube fingir, sustentar uma mentira por completo.

Ser atriz na vida real é pra poucos, os quais se restringem a mim.

N.

maio 30, 2011

E eu que achei que já tinha muito a ensinar, sou uma eterna aprendiz.
Tadinha de mim!
A vida é uma escola sem diploma.
Te chuta, te bate, te cospe na cara e te amadurece,
incessáveis lições de casa.
E quanto mais pensamos ter sugado o resultado total de nossas experiências,
sempre resta uma gota...
É o tal buraco negro.
Sem fundo.
Sem fim!

N.
Essa expectativa desesperada,
Fruto de um pensamento desenfreado a nos iludir erroneamente, aliás, a ilusão é um erro!
Erro esse, doentio, inevitável e repetitivo,
nos corroe ao sentir, ao notar, culpar-se!
Culpa essa que me pertence, me pune, tão individualista...
Pois, os outros... Ah, os outros são apenas detalhes a diferenciar,
um refúgio do próprio erro, nosso erro.
Por sentir a consequência da ilusão criada baseada em nossos desejos,
nas necessidades ocultas que insistimos em esconder, jogá-las no abismo do nosso ser,
e por vezes, tornam-se invisíveis até a nós.

N.

abril 21, 2011

Pudesse eu chorar minhas angústias através das palavras.
Calar os olhos, o coração, enfim, a alma!
Traçar uma rota reta, livrar-me dos labirintos que cansaram o meu andar.
Andar esse em busca da calmaria e da emoção,
Em busca de aliviar as dores da solidão.

Recuo, me calo, congelo!
O muro foi reconstruído mais uma vez,
Ao saltar de olhos abertos no desconhecido,
Ao ferir-me com os mesmos espinhos de outrora,
Vestindo-me de vítima e de traidora.

Assumo vários personagens, todos ímpares,
Desconheço-os por incompleto,
Diante de novas situações, o Ego, por hora, enfraquecido
Demonstra ser a única semelhança de forma ímpar entre elas,
Ímpar tal forma, a causar constrastes na alma.

N.

abril 20, 2011

Quem és tu menina? Ou seria mulher?
Um rebuliço dilacerante entrelaçado?
Do que és feita? Ou do que te fizeram?
De onde vens? Para onde vais?
Quais são teus ideais?
O que fazes aqui, nesse mundo, vasto mundo
Cheio de desencontros e ilusões?
Descrê das esperanças contidas em alucinações.
Ah vá!
Já apanhaste tanto da vida, guerrilhas todo dia.
Dia que cedo te desperta, te controla,
Fazes o que sabe, sem um pingo de querer,
Sonha dormindo e acordada de uma chance ter.
Chance essa de quebrar todas as regras,
de crescer e aparecer...
Pelo menos pra si, a fim de se conhecer.
Mesmo com os anos por ti tendo passado,
ainda se pergunta o que quer ser quando crescer.

N.

março 14, 2011

Recue.Questione.Crie

Recue!

As regras, a moral, a ordem.

As certezas, as obrigações, aos valores.

Recue até estar totalmente em branco, inerte!

Questione!

Sobre suas crenças, sua origem, sua vida.

Sobre o certo e o errado, será que essa dicotomia, de fato, existe?

O que é verdade? E mentira?

O que é sonho? E realidade?

Questione, principalmente, sobre o fundamento de suas ações.

Crie!

Crie ideologias, pensamento, filosofia!

Crie novos hábitos, novos olhares, nova vida.

Crie! Dê-lhe asas! Voe!

São tempos de recuar, questionar e criar.

N.