agosto 29, 2010

Desvaneios da dor,

Joguei-me no abismo do medo, das palavras, da angústia, da desistência, do sentimento desde o mais profundo ao mais sútil.
Expressar-me não consigo mais, apenas sinto e sigo por falta de opção.
Sigo a sentir a corroção da renovação do futuro espelhado no passado, esse presente a atormentar, a ser o intermédio do meu medo...
O maior de todos, o único que me faz sentir incapacidade de assumir.

Por tantas vezes fechei os olhos, ignorei fatos ao meu redor,

Apenas existi.

Viver? Deixei pra depois...

E agora? Desabrochei-me!

Bati asas e voei.
Busquei o mais alto dos meus sonhos, enfrentei e venci o mais profundo dos meus pesadelos,
pra no final descobrir só ilusão.
Meus sentimentos mascarados mostraram as caras, não me impressionou quando os vi sendo como lobos em pele de cordeiros.

Pra ser sincera, é indefinido o que sinto, é confuso...a única certeza que possuo,
posso enxergar na palma da minha mão um ponto de interrogação
e vários deles a cercar minha imagem frente ao espelho.

E pra quê serve regras gramaticais quando o verdadeiro sentindo está apenas na arte de sentir?
Por hora as palavras me parecem tão inúteis, está explicíto nesse texto,
escrevi, escrevi e escrevi, porém nada me aliviou,
a dor continua aguda,
faz-me derramar lágrimas,
ata-me sem fazer nenhuma força.

E a conclusão?
Não encontro, já disse, sou incapaz!
Embora desabafos não precise da mesma.

Sinto necessidade de ultrapassar as barreiras dos laços sanguíneos, utilizar minha racionalidade, essa dicotomia faz-me contradizer valores, ignorar vontades, atos...
Onde está a minha personalidade?

Ah como dói,
Onde está o ar? Falta-me.

A dor não cessa,
Meus gritos internos são agudos,
Porém, demonstro apenas o silêncio
E assim deixo, me despeço.

agosto 26, 2010

Sensações do luar.

A cada luar tenho a sensação de um toque doce e sútil,
A cada realce das coisas belas,
A cada beijo de neon dado pelas estrelas.
Sinto-lhe por perto,
Sinto-lhe involuntariamente em mim,
Sinto vontade de ti.
Venha cá, preencha esse vazio que aguarda com agônia um conforto,
aquele dos braços teus, lábios teus, beijos e abraços teus.
Enrosca-me em teu encanto,
Envolva-me com teu canto,
Derreta-me com tuas palavras,
Possua-me com tuas mãos exarcebadas de desejo.
Quero-te,
Procuro-te,
Espero-te,
Desejo-te,
Constante sentimento intenso
Que não deixa cessar meus pensamentos
Assim eu flutuo, vou pra perto da lua
Só pra sentir-lhe em mim.

Seja instigante assim, aqui pertinho de mim.

agosto 15, 2010

Calma alma minha, calminha!

Tantas coisas descobriste de mim a partir do olhar,
o afeto tornou-lhe as janelas do meu ser, confiança às cegas.
Caminhaste comigo, foste amigo meu, amado meu,
guiou-me pela mão por caminhos desconhecidos, misteriosos, instingantes,
curiosidades interessantes.
Porém em mim há um problema,
um imã para máscaras mal presas.
Ao envolver-me em teus braços, cativar-me com teus olhares e palavras
apresentou-se como o indescritível que eu procurava,
nada de perfeição, mas qualidades o bastante para camuflar os defeitos,
mesmo sem ter a intenção de esconde-los.

Agora peço, siga, mas deixe-me exatamente aqui,
caída no chão...

A dor que sinto é ferida pura,
é interior e evidente,
escondida, mas bem aparente!

Causaste tanto estrago inconsciente,
que hoje é o único pedido que lhe peço,
mas por favor, antes de sair
feche as janelas, tranque as portas e jogue a chave fora
não pense em fazer cópia,
uma vez desabitado é remoldado.

Fatos, um problema quando interpretado erroneamente como omissão,
antecipo-me assumo, mas essa é a minha armadura,
assim preparo o terreno para aprofundar-me na solidão do meu eu,
é confortante, não aterroriza,
ao contrário da mão estendida, o olhar sereno e o doce afeto
avistado ao longe, apontado em minha direção.

Sigo e deixo-me como nota uma predição,
caminhe por entre espinhos, mas nunca voe entre nuvens,
as mesmas causam tempestades por mais puras que aparentam ser.

Por hora, deixo minhas borboletas em repouso
e outro jardim não irei procurar.

agosto 02, 2010

Semelhança explique-se, por favor?

Estou eu a desperdiçar uma boa oportunidade?
Estou eu a ignorar meus princípios de conhecimento?
Estou eu a criar uma auto-confusão neuro-sentimental?
Pois bem! Sem resposta ficarei!
Pra ser sincera,
Faltou o despertar profundo, as borboletas no estômago.
Seria um erro expressar-me quando há o vazio.

Semelhança, por sua vez, pode-se explicar!
Ou o ditado é verdadeiro: "Eles são todos iguais!"
A cada frase dita, expressões faciais,
demonstrações, gestos...
Havia um pouco dele, até nos aspectos desagradáveis.

É foda, se me permite o termo.
Nostálgico também.

Mas como já dizia Tiê,
"Me despeço dessa história
E concluo,
A gente segue a direção
Que o nosso próprio
coração mandar
E foi pra lá, e foi pra lá,
e foi pra lá..."