Joguei-me no abismo do medo, das palavras, da angústia, da desistência, do sentimento desde o mais profundo ao mais sútil.
Expressar-me não consigo mais, apenas sinto e sigo por falta de opção.
Sigo a sentir a corroção da renovação do futuro espelhado no passado, esse presente a atormentar, a ser o intermédio do meu medo...
O maior de todos, o único que me faz sentir incapacidade de assumir.
Por tantas vezes fechei os olhos, ignorei fatos ao meu redor,
Apenas existi.
Viver? Deixei pra depois...
E agora? Desabrochei-me!
Bati asas e voei.
Busquei o mais alto dos meus sonhos, enfrentei e venci o mais profundo dos meus pesadelos,
pra no final descobrir só ilusão.
Meus sentimentos mascarados mostraram as caras, não me impressionou quando os vi sendo como lobos em pele de cordeiros.
Pra ser sincera, é indefinido o que sinto, é confuso...a única certeza que possuo,
posso enxergar na palma da minha mão um ponto de interrogação
e vários deles a cercar minha imagem frente ao espelho.
E pra quê serve regras gramaticais quando o verdadeiro sentindo está apenas na arte de sentir?
Por hora as palavras me parecem tão inúteis, está explicíto nesse texto,
escrevi, escrevi e escrevi, porém nada me aliviou,
a dor continua aguda,
faz-me derramar lágrimas,
ata-me sem fazer nenhuma força.
E a conclusão?
Não encontro, já disse, sou incapaz!
Embora desabafos não precise da mesma.
Sinto necessidade de ultrapassar as barreiras dos laços sanguíneos, utilizar minha racionalidade, essa dicotomia faz-me contradizer valores, ignorar vontades, atos...
Onde está a minha personalidade?
Ah como dói,
Onde está o ar? Falta-me.
A dor não cessa,
Meus gritos internos são agudos,
Porém, demonstro apenas o silêncio
E assim deixo, me despeço.
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