outubro 04, 2010

A Claricear ...

"Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim."

"Vejo a liberdade como uma forma de beleza e essa beleza me falta."

"Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui."

"Entregar-me ao que não entendo será pôr-me à beira do nada."

"O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções."

"Deixo-me acontecer."

"Eu respiro o infinito. Olhando para o céu, fico tonta de mim mesma."

"Querer entender é das piores coisas que podiam me acontecer."


"Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."

"E eu? quem sou? como é que me classificaram? Deram-me um número? Sinto-me numerificada e toda apertada. Mal caibo dentro de mim..."

"
Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio."

"
Por favor me poupem. Estou tão só. Eu e meus rituais..."

"
Minha história é galante. Sou uma carta anônima. Não assino o que escrevo. Os outros que assinem..."

"
No fundo sou sozinha. Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves..."

"
Estou can-sa-da. De ser im-com-pre-en-sí-vel. Mas Não quero que me compreendam senão perco minha intimidade sagrada..."

"
Não me prendo a nada que me defina."

...constantemente!

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