abril 21, 2011

Pudesse eu chorar minhas angústias através das palavras.
Calar os olhos, o coração, enfim, a alma!
Traçar uma rota reta, livrar-me dos labirintos que cansaram o meu andar.
Andar esse em busca da calmaria e da emoção,
Em busca de aliviar as dores da solidão.

Recuo, me calo, congelo!
O muro foi reconstruído mais uma vez,
Ao saltar de olhos abertos no desconhecido,
Ao ferir-me com os mesmos espinhos de outrora,
Vestindo-me de vítima e de traidora.

Assumo vários personagens, todos ímpares,
Desconheço-os por incompleto,
Diante de novas situações, o Ego, por hora, enfraquecido
Demonstra ser a única semelhança de forma ímpar entre elas,
Ímpar tal forma, a causar constrastes na alma.

N.

abril 20, 2011

Quem és tu menina? Ou seria mulher?
Um rebuliço dilacerante entrelaçado?
Do que és feita? Ou do que te fizeram?
De onde vens? Para onde vais?
Quais são teus ideais?
O que fazes aqui, nesse mundo, vasto mundo
Cheio de desencontros e ilusões?
Descrê das esperanças contidas em alucinações.
Ah vá!
Já apanhaste tanto da vida, guerrilhas todo dia.
Dia que cedo te desperta, te controla,
Fazes o que sabe, sem um pingo de querer,
Sonha dormindo e acordada de uma chance ter.
Chance essa de quebrar todas as regras,
de crescer e aparecer...
Pelo menos pra si, a fim de se conhecer.
Mesmo com os anos por ti tendo passado,
ainda se pergunta o que quer ser quando crescer.

N.